O momento pede calma. Melhor: o momento exige calma! Nunca no Brasil o povo teve tanto espaço para falar e em nenhum outro momento da nossa história se falou tanto sobre qualquer coisa; em contra partida, nunca se ouviu tão pouco o que os outros têm a dizer.
Talvez com o adendo tecnológico na educação de novas pessoas, associada a essa febre denominada rede social, os conflitos de opiniões nunca tiveram tanto espaço para serem debatidos como agora. A situação é ímpar e todos podem ser coadjuvantes. Mas assim como é positivamente importante que seres humanos tenham espaço para que haja discussão, parece que estamos esquecendo outros viés também fundamentalmente importante: a absorção e a aplicação das ideias.
Nunca no Brasil o povo teve tanto espaço para falar |
Em um mundo em que todos parecem ter algo a dizer, curiosamente, vivemos a sensação de que ninguém (ou quase ele) tem ouvidos, ou olhos, ou tempo. A situação é peculiar. Nunca tivemos tantos brasileiros teorizando, filosofando, questionando... Mas quem está fazendo?
No campo do fazer não tivemos tantos avanços. Muito pelo contrário; no campo do fazer, nos últimos anos, regredimos. Regredimos na saúde - A taxa de mortalidade infantil cresceu pela primeira vez em 26 anos, regredimos na economia - Governo reduz previsão para o PIB em 2018 e regredimos como humanos - Desigualdade no Brasil aumenta em 2018.
A situação exige calma. O povo brasileiro nunca foi tão fragmentado. A polarização politica nunca foi tão evidente em nosso país e os interesses individuais de nossos políticos nunca apareceram com tanta clareza. As informações chegam a superfície social em tempo recorde e criam debates nas mesmas proporções. Parece que ficou claro que o problema não é mais ter a informação, isso todos nós já temos. A grande questão da vida no momento é: o que fazemos com tudo isso que sabemos? E quem nos dará ouvidos?
Temos que entender que uma sociedade, se faz de nós com nós. |
Quem fará algo por esse gigante adormecido, que nunca foi acordado de fato, que vez ou outra damos o nome de Brasil...? Quem fará?
A resposta é tão clara quanto as regras do futebol (como diria o Arnaldo). Somente nós, cidadão de senso comum, podemos mudar nossa situação.Teorizar é base da regra da mudança, mas somente ela não traz efeitos práticos. O povo brasileiro precisa aprender a aprender; precisamos descobrir um meio de conviver com nós mesmo. Somos diferentes do mundo em todos os aspectos e precisamos usar isso a nosso favor.
Precisamos parar, respirar e começar de novo. Na prática, isso significa dizer não ao interesses
individuais, começando inclusive pela politica. Politico não deve encarar a politica como um meio de vida. Politico é funcionário e como tal, deve estar submetidos as mesmas regras da nossa CLT. Isso inclui cortar aposentadorias vitalicias, cortar mordomias, cortar benefícios exorbitantes e fazer dos nossos políticos aquilo que eles são de fato: funcionários do povo. Eis aí um bom começo!
Talvez esse começo não resolva todos os nossos problemas, mas já teríamos aí, sem sombras de duvidas, uma desfragmentação social...
Uma boa mudança, "né não?"
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