25 de novembro de 2019

Amizades "À La Carte"


Eu saí do twitter - assim como havia saído do Facebook, assim como nunca tive Instagram, assim como daqui uns dias devo abandonar o WhatsApp. Não estou travando uma guerra particular contra as redes sociais; eu até ainda posso ser encontrado em outras redes... Ainda posso ser encontrado no Anygram, ainda mantenho o WhatsApp (mesmo pensando em abandona-lo); posso ser encontrado no Skoob, e-mail, celular; estou disponível para um bate papo numa praça. Eu estou aqui!


Então saiu por charminho? Navegando numa onda diferentona para nutrir um sentimento de exclusividade? Não! Não é isso... Eu saí por três motivos, aos quais eu explico agora...

Primeiro motivo:

As pessoas não saem mais uma com as outras. Elas acham que uma mensagem no WhatsApp, uma curtida no Facebook ou um comentário no Insta, já é o suficiente para suprir presença física. Pior que isso: as pessoas se deixaram ser convencidas de que o mundo ta mais violento, ou que elas são super ocupadas, ou que elas tem um super controle financeiro que as impedem de sair por que isso é um gasto. Tem deixado de dar caminhadas, tem deixado de marcar encontros; algumas pessoas são medidas pelo tamanho da agenda.

"Deixei de ir aí por que estou sem tempo!"
 "Você mora longe!"
 "Não vou aí por que não tenho carro".

23 de setembro de 2019

Dedo em riste

Vivemos um momento bastante curioso de nossa história; todos estão emitindo opiniões ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, mas estão esquecendo de um fundamento básico da comunicação: a recepção.

A informática nos ensina que para que haja comunicação entre dois computadores é necessário que duas regras básicas sejam obedecidas: você precisa enviar e receber a informação. Se uma dessas duas premissas são quebradas, não há de forma alguma conectividade e como consequência, entende-se que a comunicação foi interrompida ou não estabelecida. Além do mais, para que uma comunicação ocorra, quem envia um pacote de dados (informação), exige como resposta a confirmação de que o pacote foi recebido adequadamente; essa é uma das maravilhas do protocolo TCP/IP da qual é sustentada a internet nos tempos atuais.


A interação onde haja envios e recebimentos de informação entre duas ou mais partes, chamamos de rede. No caso a cima, temos uma rede de computador... Quando há uma conexão entre duas ou mais pessoas na qual haja uma troca de informação, temos uma rede social.


A ideia de uma rede social, é que haja trocas de informações entre dois ou mais individuos a fim de estabelecer uma conectividade. Não é algo novo nem moderno, mas foi potencializada com a criação da internet lá nos anos 70/80 nos EUA e depois com a expansão da mesma, para o mundo, nos anos 90/2000. A internet permitiu que nossas redes sociais não se limitassem apenas as pessoas que estão do nosso lado; a premissa básica, desse pensamento, é que descobrindo o que pensa outras pessoas de outras partes do globo, poderíamos estourar essa bolha ao qual cada um vive e construiriamos um mundo melhor. Mas, infelizmente, não é o que acontece...

25 de julho de 2019

O lado bom das coisas!

Imagem do filme Matrix, de 1999,
do personagem
Cypher, que afirmou a frase ao qual
eu inicio esse post
"A ignorância é uma benção" (Irmãs Wachowski - Matrix, 1999); é somente através dela que nossa constituição social tem dado "certo" (ao menos no Brasil). Melhor que isso (ou pior que isso), é através do processo de deixar nosso povo na ignorância que temos feito politica, defendido projetos e construindo um futuro que mais parece um regresso.

Foi de M.S. Cortella, a primeira vez que ouvi que "vivemos em um país onde existem muitos projetos de governo e nenhum projeto de nação". A ideia de nação é bastante curiosa; ela envolve agrupamento estável, língua, vontade de grupo e aspirações.

ASPIRAÇÕES! O que o nosso país deseja ser nos próximos futuros?

Questionar é o papel da filosofia; questionar é também o primeiro passo para sair da ignorância. É talvez, por falta de questionamentos e cansaço na busca por respostas que entregamos aquilo que desejamos
"Ainda não temos um
projeto de nação"
Mario S. Cortella
de nosso futuro nas mãos do que chamamos de governo. Acreditamos que cabe a ele ditar as regras e esquecemos que na verdade, quem está a frente da gestão de nosso país trabalha para nós, contribuintes, governados, colaboradores da pátria.

A ignorância somado ao cansaço, tem nos mantidos unidos (em alguns casos, separados) ou quando não, tem tomado o nosso tempo. Isso impossibilita de irmos fundo nas questões que inúmeras vezes estão até a nosso favor, mas que por consequência da falta de conhecimento somos induzidos em pensarmos contra. Ela traz, também, um efeito colateral no minimo infeliz: a ideia de pensar pelo lado positivo.

Pensar pelo lado positivo é muito triste, por que nos traz uma falsa sensação de contentamento. A ideia de que tudo tem um lado positivo, traz o equivoco de acreditar que isso é um pensamento ponderado e a ideia de ponderamento está associada ao equilíbrio. Pois bem! Nem ponderar é equilibrar e nem equilíbrio faz bem!

27 de junho de 2019

Não dê Conselhos!

Todas as grandes decisões que tomamos na vida ocorre quase sempre sob forte pressão social e está atrelada a natureza econômica ou saúde. Ninguém em condição equilibrada, ou seja, inerte (pois equilíbrio é pura inércia) demanda sede de mudança. A vontade de mudar, causada por alguma pressão, vem sempre de alguma insatisfação e age sempre no âmbito do pensamento, deriva em algum sentimento e migra para alguma ação.

Pensamento gera sentimento e sentimento gera ação.

A equação é bem simples e independe das regras que governam nossas vidas: se você controla seus pensamentos, você controla seus sentimentos; se você controla seus sentimentos, você controla suas ações.

Aquilo que impera nos laços que decidimos manter enquanto estamos vivos, as chantagens emocionais, determina exatamente como será nosso comportamento perante ao circulo social. A chantagem emocional existe em vários níveis em qualquer relacionamento, do amistoso ao conjugal; quando um amigo seu diz, por exemplo, que está com saudade de te ver, é um uso indireto do recurso, uma forma de tentar nutrir um sentimento em você, que nasceu nele de uma lembrança e junto com ela um desejo de que o outro lado também o sinta.

17 de junho de 2019

Vida em Sociedade

Albert Einstein
A teoria da Relatividade afirma que o tempo não é igual para todos, podendo variar de acordo com a gravidade, velocidade e o espaço. Toda a teoria em si, que não muito em breve deve virar lei, é um conjunto de estudos, teorias e regras criada por Albert Einstein no inicio do seculo 20 e modificou toda a forma de (a física) encarar o mundo.

A ideia de um espaço-tempo relativo é tão genial como revolucionária. Ela é abrangente e apaixonante; lógica e intuitiva; tanto que mesmo aqueles que não conhecem a teoria já a usou como argumento, em algum momento de sua vida (mesmo que da forma errada).


A teoria da Relatividade é tão genial que abre precedentes
Um governo deve ser amado ou temido
Não podendo ser amado
Que seja temido!
para um mundo fora da física... Quando Einstein prova que a física pode ser relativa, parece ser inteligente argumentar: se até a matemática é relativa, por que minha vida em sociedade não pode ser? Por que minha opinião não pode ser relativa? Qual o problema d'eu ficar no meio termo?

Aqui é onde mora o problema.

A natureza da vida em sociedade não é relativa, principalmente, por que a natureza da vida politica não é. Democracia não nasce em moldes relativos e uma das bases da politica é bem concisa no que diz respeito a governabilidade: um governo deve ser amado ou temido, é muito mais seguro - quando uma delas tiver que faltar - ser temido do que amado(Nicolo Maquiavel, em 'O Príncipe') 

7 de maio de 2019

Dez anos de MCU, valeu a pena?

Vingadores: Ultimato
Em fim ele chegou. Bateu (e está batendo)  recordes, encheu salas nos quatro cantos do mundo, levou pessoas que nunca tinham ido ao cinema pela primeira vez  e mobilizou uma legião de fãs. Sim! Estou falando de Vingadores: Ultimato... A nova febre, o novo número que se repete, o novo norte.

Dez anos se passaram desde que o famoso MCU - Marvel Cinematic Universe (Universo Cinematográfico da Marvel) tenha saído do papel. (na verdade são 11, mas ninguém lembra do Hulk do Norton). A estréia eu me lembro muito bem, foi com o filme fantástico do Homem de Ferro, que ta na minha lista como um dos melhores filmes de heróis já feito - junto com os três do Capitão América e os dois "Batmans" (Begins e Cavaleiro das Trevas) encabeçando a lista.

Eu não vou aqui discorrer sobre os motivos da qual me leva considerar esses filmes os melhores de heróis já feito. Talvez faça isso em outra publicação. Me dobro a escrever sobre o Ultimato para fazer uma reflexão mais focalizada. Refletir muito mais no final da jornada do que no caminho percorrido nesses dez anos. E aí? Valeu a pena?

6 de fevereiro de 2019

A infinitude da vida!



Desde de cedo nós somos condicionados a pensar de forma dicotômica, dividida, opositora... E não é para menos! A dualidade da vida nos acompanha desde os primórdios de nossa existência. Logo no primeiro sinal de consciência que criamos, aprendemos que no fim vem a morte e que o contrário de viver é morrer. Junto a isso aprendemos que tudo no mundo tem o seu contrário: dia/noite, luz/escuridão, bem/mal, positivo/negativo, direita/esquerda e assim por diante.


O pensamento é estupidamente lógico e tão natural que muitos duvidam que cabem questionamentos, afinal, para que algo exista, o seu oposto também deva existir. Correto? Calma lá...!

A primeira grande suspeita que eu tive de que poderia haver outras formas de pensar, veio ainda na minha infância; meu pai foi o grande responsável por trazer esse conflito. Foi ele quem  me falou pela primeira vez de outras formas para a contagem do dia, mas não explicou totalmente. Eu tive que conviver boa parte de minha infância com essa aflição até o dia em que, estudando, pude descobrir que haviam pelo menos, três formas para a contagem do dia.

14 de janeiro de 2019

Texto extraído do Livro 1984 - George Orwel

Desde de que começou a escrever a historia, e provavelmente desde o fim do Período Neolítico, têm havido três classes no mundo, Alta, Média e baixa. (...)

O objetivo dessas três classes são inteiramente irreconciliáveis:
O objetivo da Alta é ficar onde está.
O objetivo da Classe Média é trocar de lugar com Alta.
O objetivo da Baixa,  quando tem objetivo - pois é característica da Classe Baixa viver tão esmagada pela monotonia do trabalho cotidiano que mal tem consciência DO QUE EXISTE FORA DE SUA VIDA - é abolir todas as distinções e criar uma sociedade em que todos sejam iguais. (...)

Essas três classes estão sempre em conflito, uma tentando superar a outra...

A Alta parece firme no poder, porém mais cedo ou mais tarde chega um momento em que ou perde a fé em si própria ou perde a sua capacidade de governar, ou os dois... É então superada pela Média, que atrai a Baixa ao seu lado fingindo lutar pela igualdade, liberdade e justiça. Assim que alcança sua meta, a Media joga a Baixa em sua velha posição servil e transforma-se em Alta. Dentro em breve uma nova Classe Media surge, se separa dos demais grupos, de um deles ou de ambos; e o conflito recomeça. (...)


Das três classes, somente a Baixa não consegue êxito em sua causa...