Num canto encostado, numa sala esquecida, um velho empoeirado dormia.
Já não havia brilho em sua alma e nem paz em seu espirito, ou nenhum sentimento de esperança. Ou qualquer sentimento de qualquer coisa...
Seus ombros curvados e sua cabeça calva, inclinada, denunciava sob seu corpo o peso do tempo e sob sua mente a experiência de uma vida, que agora jaz vazia.
Em seus sonhos não realizados, uma certeza: as coisas não mudam, as coisas só envelhecem!
O velho já não defendia mais a vida, como defendia antes; também já não se importava mais com as lutas, como se importava antes... O cansaço venceu, a matéria perdeu e aquela promessa de que não ficaria pedra sobre pedra, ainda mantém as pedras no lugar...
29 de janeiro de 2020
Maiêutica Socrática
O ser humano, pelo que consta a ciência, é um primata onívoro, bípede, de telencéfalo altamente desenvolvido e com polegar opositor que o distingue de outros mamíferos como as baleias, ou de outros bípedes, como as galinhas.
O telencéfalo desenvolvido é uma graça a parte; ele permitiu a espécie humana a criação de símbolos, associar esses símbolos a fonemas e assim construir palavras e desenvolver a fala; tudo isso possibilitou nossa especie a criar, armazenar, processar, relacionar e entender os mais diversos tipos de informações. O telencéfalo altamente desenvolvido, associado a capacidade de fazer pinça com os dedos nos possibilitou a criação de ferramentas incríveis.
Mas tudo que é incrível, ou crível na face da terra, o é sob nossos olhos; olhos humanos. Leões, ratos e elefantes não creem; a habilidade de pensar (e pinçar), diz respeito a especie humana. Isso deu a nossa especie a capacidade de modificar o meio de tal forma, que nunca antes na história, houve uma especie com tamanha habilidade de mudar o globo. De fato, as tamanhas transformações que estamos fazendo no planeta é tão grande, que tão logo chegamos a existir, tão logo partiremos.
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