Desde de cedo nós somos condicionados a pensar de forma dicotômica, dividida, opositora... E não é para menos! A dualidade da vida nos acompanha desde os primórdios de nossa existência. Logo no primeiro sinal de consciência que criamos, aprendemos que no fim vem a morte e que o contrário de viver é morrer. Junto a isso aprendemos que tudo no mundo tem o seu contrário: dia/noite, luz/escuridão, bem/mal, positivo/negativo, direita/esquerda e assim por diante.
O pensamento é estupidamente lógico e tão natural que muitos duvidam que cabem questionamentos, afinal, para que algo exista, o seu oposto também deva existir. Correto? Calma lá...!
A primeira grande suspeita que eu tive de que poderia haver outras formas de pensar, veio ainda na minha infância; meu pai foi o grande responsável por trazer esse conflito. Foi ele quem me falou pela primeira vez de outras formas para a contagem do dia, mas não explicou totalmente. Eu tive que conviver boa parte de minha infância com essa aflição até o dia em que, estudando, pude descobrir que haviam pelo menos, três formas para a contagem do dia.